sábado, 21 de junho de 2008

Alterações climáticas - Durão Barroso quer pacote da energia aprovado "rapidamente"

A posição do ex-primeiro-ministro português foi manifestada na reunião dos presidentes dos parlamentos nacionais, na Assembleia da República. Durão Barroso começou por referir que, durante a presidência alemã, no primeiro semestre do ano passado, os Estados-membros da UE chegaram a um consenso sobre as principais linhas dos pacotes sobre alterações climáticas e energias renováveis - matéria que considerou "vital" para que a Europa se "liberte" da sua dependência face ao petróleo. Numa referência à recente vitória do "não" no referendo irlandês sobre o Tratado de Lisboa, Durão Barroso disse que a Europa "não pode agora ficar parada" e "entrar em depressão".
"É preciso que a UE aprove rapidamente o pacote da eficiência energética, quer por razões ambientais, quer por razões económicas e de segurança energética. Mais do que nunca é preciso um acordo e espero que durante a presidência francesa sejam acordados os instrumentos para que se avance neste domínio", salientou o presidente da Comissão Europeia. Na sua intervenção, o presidente da Comissão Europeia analisou a actual conjuntura política europeia a partir do triunfo do "não" no referendo realizado na Irlanda, dizendo que a presente "dificuldade tem de ser ultrapassada com espírito de parceria e não com recriminações". Nesse sentido, criticou os discursos "populistas", por vezes vindos de alguns governos de Estados-membros, de queixas contra as instituições de Bruxelas. "Não é possível andar a criticar Bruxelas de segunda a sábado e depois aos domingos pedir-se aos seus cidadãos um voto favorável na Europa. Não é com 'slogans' populistas que se consegue renovar a confiança dos cidadãos na Europa", advertiu. Neste contexto, Durão Barroso insurgiu-se também contra a perspectiva de algumas correntes de opinião sobre a existência de um alegado défice democrático nas instituições europeias. "Na Comissão Europeia estão vários ex-primeiros-ministros e todos fomos eleitos pelo Parlamento Europeu. É preciso que não se caia na tentação populista de considerar que a Comissão Europeia é a expressão da burocracia e da tecnocracia", vincou.


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